O ELO PERDIDO
Que iria cumprir-se à Terra,
Apesar do horror da guerra,
Primeiro em solo francês.
Enquanto os Céus se moviam,
Montesquieu, Robespierre,
Jacques Rousseau, D'Alembert,
Incitavam morte aos reis!
Em seguida Bonaparte,
Na Espanha, Portugal, Prússia,
Alemanha, Itália, Rússia,
Alemanha, Itália, Rússia,
A explodir os seus canhões!
Fizera-se ditador.
Ao invés de "Fraternidade,
Liberdade e Igualdade",
E o pensamento parara!
Impotente em face à Morte,
Não via a Ciência um norte,
Além da matéria impura...
Religião era um sonho!
E a pobre Filosofia,
Nas trevas se debatia,
Sem escapar da clausura!
E a Humanidade gemia...
Mas sobre o mundo trevoso,
Descera gênio bondoso
Enviado por Jesus!
Morrera Napoleão...
E Kardec, à meia idade,
Com o Espírito Verdade,
Das trevas arranca a Luz!
E os Mensageiros do Cristo
A Kardec vinculados
Gritavam de todos lados:
"Somos o elo perdido! "
Vasto horizonte se abrira,
Com Kardec, homem profundo,
Ao mostrar um Novo Mundo,
Apenas antes sentido!
Velhas leis e velhos dogmas
Enterraram-se no abismo...
Ganha o mundo o Espiritismo!
A mais sublime Verdade!
Descoberto o "Elo Perdido",
A Fé uniu-se à Razão!
Ciência à Religião!
E o Homem à Divindade!
Era a própria voz do Cristo
De novo acordando a Terra!
"Não mais opressão e guerra,
-Discórdias e nem rancor!
Minha Doutrina é bem clara:
Perdoa ao teu inimigo!
Recolhe o triste mendigo!
Espalha bondade e amor!"
Avante, Espírita, avante!
E como Kardec, grita,
Que esta Doutrina Bendita,
É Luz, é Renovação!
E, onde quer que estiveres,
Proclama a grande verdade,
Que fora da caridade
Não pode haver salvação!
Castro Alves
Fonte: livro Antologia do Mais Além. Espírito: Castro Alves. Médium: Jorge Rizzini. Ed. LAKE.
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