Certa manhã fria de outubro de 1971, o médium Francisco Cândido Xavier surpreendeu-se ao ver estacionado em frente à porta de sua casa um possante caminhão.
Dentro de sua carroceria, um “fuscão”, último modelo, de luxo, zero quilômetro. E mais admirado ficou ainda quando o motorista começou a descarregá-lo! Finda a operação, o homem perguntou-lhe se conhecia e se sabia se Chico Xavier se encontrava em casa. Sou eu mesmo, respondeu-lhe timidamente. Sem mais indagar, o interlocutor informou-lhe o motivo de sua presença:
“Pois aqui estão os documentos e as chaves do carro. Uma empresa de transportes pagou-me para trazê-lo e entregá-lo ao senhor, foi um industrial de São Paulo quem mandou, mas não sei o seu nome. Não adianta me perguntar”.
O humilde porta-voz da Espiritualidade Superior por várias vezes balançou a cabeça. Por fim sorriu e encaminhou-se para seu quarto, ia orar e meditar. O automóvel ficou na rua, abandonado ao sol. Horas depois, chegou o dono do estabelecimento comercial que fornecia gêneros e verduras para a “sopa dos pobres” do Chico. O médium convidou-o para olhar o presente que recebera.
Visivelmente encabulado indagou-lhe:
- Que tal? Gostou?
- Magnífico! Extraordinário! Que linda cor! exclamou o entusiasmado visitante.
- Leve-o, falou mansamente o irmão de todos os sofredores e desvalidos. Você me paga em macarrão para as minhas sopas e sacolas.
O simples e puro Chico, ainda não contaminado pela ganância e pelo egoísmo dos seres humanos, acabava de efetuar um negócio altamente lucrativo: trocara um bem transitório, que as traças consomem e os ladrões roubam, pelo ouro inoxidável da caridade que nem as traças roem e nem os ladrões roubam... (Coronel Edynardo Weyne, 6/86).
Fonte: Lições de Sabedoria - Chico Xavier nos 22 anos da Folha Espírita – Marlene R. S. Nobre (Compilado por Marta)
Nenhum comentário:
Postar um comentário