PAULO E ESTEVÃO: uma adaptação poética




"Sem Estevão não teríamos Paulo de Tarso." Emmanuel

Encontramos no youtube uma série de vídeos sobre o livro PAULO E ESTEVÃO, produzidos com base numa adaptação poética de GLADSTON LAGE sob a forma de SONETOS. Os vídeos utilizaram 12 dos 72 sonetos. O fundo musical é da dupla TIM e VANESSA.

Transcrevemos aqui os sonetos e no final colocamos o link do primeiro vídeo, que pode ser visto em nossa página de vídeos e os demais no youtube.

Senhor, o que queres que eu faça?

I
CORDEIROS
Conflagram-se perseguições mas ei-los calmos
Jesiel e Abigail, os irmãos encarcerados
Sob o estigma de maus e celerados
Vislumbrando o plenilúnio ao som dos salmos.
O ignoto do veredicto aumenta a noite
O que planejam os romanos ofendidos a vingar os seus sítios destruídos?
A morte, a escravidão, o exílio, o açoite?
O pai é envelhecido, a mãe que é "morta"
Na memória às Escrituras os exorta.
E lhes inspira vera paz ao coração
São cordeiros sob a forma de crianças
Antevêem o Mestre em Bem-Aventuranças
Enquanto aguardam a sentença, a imolação.

II
ADUBOS
O ninho familiar desfeito e confiscado
Joreched expropriado, torturado e morto
Abigail, estarrecida, de espírito absorto
Sente que estar em Corinto lhe é arriscado.
Adotada, rumará prestemente à Palestina
Chora o irmão sentenciado às galeras
A febre a incendeia ante as medidas feras
Que esmagaram os seus sonhos de menina.
Que será de seu querido Jesiel
que a seu lado contemplava o céu animado na espera do Messias?
Aprendem aos sorvos do sofrimento
sem queixas, apesar do abatimento, os mártires a adubar as profecias...

III
NAVES DO DESTINO
O pai é morto, a irmã é desterrada
Como não bastasse, há o suplício e a galera
Desconhecedor do futuro que o espera
No navio a comitiva a Nea-Pafos destinada.
Passam-se os dias, uma peste prolifera
Vitima Sérgio Paulo, quase o mata, o tortura
O abandono, o delírio, o estigma, a amargura
A febre o avassala, ameaça e exaspera.
Chega-lhe Jesiel indicado por vassalo
Aproxima-se humilde e desdobra-se a cuidá-lo
Restabelece-se o enfermo, volve à vida, mas, horrores!
O escravo enfermeiro herda-lhe febre e dores
Não o lançarei ao mar...
Serviu-me, vou libertá-lo!
E leva-o a uma praia, a doença a alforriá-lo...


Assista ao vídeo em nossa página de vídeos clicando aqui.

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