SER ESPÍRITA


Ser espírita é ser cristão; é vivenciar a fé sincera e a crença numa Inteligência Suprema, causa primária de todas as coisas. Ser espírita é saber que fomos criados simples e ignorantes e que estamos fadados a nos tornar Espíritos Perfeitos; é saber que não somos os donos do Planeta e muito menos dos seres que pertencem aos reinos mineral, vegetal e animal. 

Ser espírita é saber que, se Deus nos confiou cinco talentos, dos quais nos pedirá conta no futuro, não devemos enterrá-los, mas saber que temos a obrigação moral de partilhá-los com aqueles a quem Deus entregou apenas um talento ou nenhum. 

Ser espírita não é pretender melhorar o próximo; é saber que, antes, precisamos melhorar a nós mesmos; ser espírita é saber que temos más tendências a vencer, defeitos a corrigir e que todos, mais cedo ou mais tarde, precisaremos contar com a misericórdia divina. Ser espírita não é enxergar o argueiro no olho do nosso irmão; é perceber, antes, a trave que está nos impedindo de enxergar a nós mesmos. 

Ser espírita não é apenas aceitar os princípios básicos da doutrina que nos foi legada por Kardec, dentre os quais a reencarnação; ser espírita é saber que a reencarnação é o caminho que nos levará à perfeição. 

Ser espírita não é só comunicar-se com os Espíritos; é ter a possibilidade de comunicar-se com os Bons Espíritos para, desse modo, melhorar a nós mesmos e ajudar outros a se tornarem melhores. 

Ser espírita não é isolar-se do mundo em alguma caverna, para que o mal não nos atinja; ser espírita é entrar em contato com o mal, com as tentações e vencê-las, uma a uma. 

Ser espírita é saber que o verdadeiro espírita é espírita no Centro, em casa, na rua, no trânsito, na fila, ao telefone, sozinho ou no meio da multidão, enfim, em todas as situações práticas da vida. É ser espírita na prática e não apenas na teoria. 

Ser espírita não é se achar diferente dos outros; ser espírita é saber que somos todos iguais perante Deus, independentemente da crença que cada um de nós possui.
  
Ser espírita não é apenas aceitar o convite para o banquete nupcial; ser espírita é aceitar o convite do Rei e a ele comparecer vestindo a túnica nupcial, porque muitos são os chamados, mas poucos os escolhidos!

Anne Marie Lanatois

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