AFINAL: O MUNDO VAI ACABAR OU NÃO?



 
Circulam pela internet notícias aterradoras sobre o FIM DO MUNDO.
 
Então perguntamos: o que existe de verdade nas teorias sobre o fim do mundo? Verdade ou mentira?
 
Alguns dizem que Deus se cansou da maldade dos homens e colocará um ponto final nisso.
 
Muitas igrejas estão espalhando isso para seus fiéis. Essa é a idéia que muitos tem de Deus; um Deus vingativo, pronto a nos punir e castigar.
 
Hoje fazemos uma idéia bem diferente de Deus.
 
Deus é bom, justo, misericordioso.
 
Um Deus Pai, como nos foi apresentado por Jesus, e não aquele mostrado por Moisés para controlar o povo rude e ignorante que ele levou através do deserto, rumo à Terra Prometida.
 
Desse modo, analisando as coisas racionalmente, chegamos à conclusão que um Pai não destrói seus filhos apenas porque alguns merecem uma reprimenda mais severa.
 
Particularmente, não acreditamos que Deus destrua um planeta como a Terra menos de dois séculos depois do advento da TERCEIRA REVELAÇÃO, levando-se em consideração que ele teria muito mais razões para destruir o Planeta logo após a SEGUNDA REVELAÇÃO, depois do que nós fizemos a Jesus e não o fez.
Então, porque Deus destruiria a Terra em dezembro de 2012, como dizem alguns ou em 2013 ou 2014, como dizem outros? Ou sabe-se lá quando? Seria um enorme desperdício, não acham?

Nosso conselho às pessoas que acreditam em tudo o que leem na internet e nos filmes que preveem o fim do mundo e na invasão do Planeta pelos ETs, por exemplo, que usem a sua massa cinzenta e tentem descobrir a verdade através de fontes confiáveis.
 
Nós espíritas temos uma maneira peculiar de analisar essas notícias aterradoras e a maneira é bem simples: basta usar a RAZÃO e a LÓGICA, como nos aconselhou Kardec, quando nos legou a Doutrina Espírita, no ano de 1857.
 
Muitas dessas notícias aterradoras tem a ver com "a verticalização do eixo da Terra", fato que, dizem, se dará no dia 20 e poucos de dezembro de 2012, o que, segundo alguns, faz parte de uma Profecia Maia, prevendo o "fim do mundo" e que os cientistas chamam de PRECESSÃO DOS EQUINÓCIOS.




Estamos muito tranquilos em relação a todas essas notícias, porque a GÊNESE, de Allan Kardec, publicada em janeiro 1868, antecipando-se à Ciência Moderna, já explicava esse fenômeno, que pode ser encontrado no Capítulo IX – REVOLUÇÕES DO GLOBO, no item Revoluções periódicas. E a explicação dada por Kardec não tem nada de preocupante e não prevê o fim do mundo em que vivemos.
 
Para os interessados em saber o que escreveu Kardec sobre isso no ano de 1868, achamos importante transcrever aqui o que o Espírito Galileu Galilei disse sobre precessão dos equinócios:
 
"Além do seu movimento anual em torno do Sol, origem das estações, do seu movimento de rotação sobre si mesma em 24 horas, origem do dia e da noite, a Terra tem um terceiro movimento que se completa em cerca de 25.000 anos, ou, mais exatamente, em 25.868 anos, e que produz o fenômeno denominado, em astronomia, precessão dos equinócios. Este movimento, que não se pode explicar em poucas palavras, sem o auxílio de figuras e sem uma demonstração geométrica, consiste numa espécie de oscilação circular, comparado à de um pião a morrer, e por virtude da qual o eixo da Terra, mudando de inclinação, descreve um duplo cone cujo vértice está no centro do planeta, abrangendo as bases desses cones a superfície circunscrita pelos círculos polares, isto é, uma amplitude de 23 e 1/2 graus de raio.
 
O equinócio é o instante em que o Sol, passando de um hemisfério a outro, se encontra perpendicular ao Equador, o que acontece duas vezes por ano, a 21 de março, quando o Sol passa para o hemisfério boreal, e a 22 de setembro, quando volta ao hemisfério austral.






   
Mas, em consequência da gradual mudança na obliquidade do eixo, o que acarreta outra mudança na obliquidade do Equador sobre a eclíptica, o momento do equinócio avança cada ano de alguns minutos (25 minutos e 7 segundos). A esse avanço é que se deu o nome de precessão dos equinócios (do latim proecedere, caminhar para diante, composto de proe, adiante e cedere, ir-se).
 
Com o tempo, esses poucos minutos fazem horas, dias, meses e anos, resultando daí que o equinócio da primavera, que agora se verifica no mês de março, em dado tempo se verificará em fevereiro, depois em janeiro, depois em dezembro. Então o mês de dezembro terá a temperatura de março e março a de junho e assim por diante, até que, voltando ao mês de março, as coisas se encontrarão de novo no estado atual, o que se dará ao cabo de 25.868 anos, para recomeçar indefinidamente a mesma revolução.
 
Ainda não puderam ser determinadas com precisão as consequências deste movimento, porque somente pudemos observar uma pequena parte da sua revolução. A respeito, pois, não há mais do que presunções, algumas das quais com caráter de probabilidade.
 
Essas consequências são:
 
1ª O aquecimento e o resfriamento alternativos dos pólos e, por conseguinte, a fusão dos gelos polares durante a metade do período de 25.000 anos e a nova formação deles durante a outra metade desse período. Resultaria daí não estarem os pólos condenados a uma perpétua esterilidade, cabendo-lhes gozar a seu turno dos benefícios da fertilidade.
 
2ª O deslocamento gradativo do mar, fazendo-o invadir pouco a pouco umas terras e pôr a descoberto outras, para de novo as abandonar, voltando ao seu leito anterior. Esse movimento periódico, indefinidamente renovado, constituiria uma verdadeira maré universal de 25.000 anos.
 
A lentidão com que se opera esse movimento do mar torna-o quase imperceptível para cada geração. Faz-se, porém, sensível ao cabo de alguns séculos. Nenhum cataclismo súbito pode ele causar, porque os homens se retiram, de geração em geração, à proporção que o mar avança, e avançam pelas terras donde o mar se retira. É a essa causa, mais que provável, que alguns sábios atribuem o afastamento do mar de certas costas e a invasão de outras por ele.
 
O deslocamento demorado, gradual e periódico do mar é fato que a experiência comprova e numerosos exemplos confirmam, em todos os pontos do globo. Tem por efeito o entretenimento das forças produtivas da Terra. A longa imersão é para os terrenos um tempo de repouso, durante o qual eles recuperam os princípios vitais esgotados por uma não menos longa produção. Os imensos depósitos de matérias orgânicas, formados pela permanência das águas durante séculos e séculos, são adubações naturais, periodicamente renovadas, e as gerações se sucedem sem se aperceberem de tais mudanças."
 
E se depois de terem lido o texto acima vocês continuarem com dúvidas, pesquisem no google ou no youtube sobre PRECESSÃO DOS EQUINÓCIOS e descubram por si mesmos o que dizem os cientistas sobre o assunto.
 
Como todos podem ver, estamos no final de um ciclo de quase 26 mil anos e não sabemos com exatidão o que vai acontecer no mês de dezembro de 2012, como também ninguém previu com antecedência e precisão absoluta o tsunami de 2006, o tsunami do Japão deste ano de 2011 e outras catástrofes recentes que estão acontecendo em nosso Planeta.
 
Logo, porque devemos nos preocupar com coisas que nem sabemos se e quando vão acontecer, porque, afinal, o próprio Jesus deu muitos avisos aos hebreus, dentre os quais profetizou a destruição do Templo de Jerusalém, mas nunca disse que o Mundo iria acabar.
 
Desse modo, levando-se em consideração que Deus é Pai, como sempre nos disse Jesus, com certeza ele não porá fim à casa de Seus filhos, que ainda tem um grande caminho a percorrer em direção à perfeição.
 
O que está anunciado como o fim dos tempos, palavras que apavoram muita gente, significa que o planeta Terra deixará de ser um Planeta de Expiação e de Provas, onde o mal supera o bem, e no qual habitam Espíritos ainda imperfeitos, para se transformar em Planeta de Regeneração, onde o bem prevalecerá. A escala de progressão dos mundos é muito bem explicada no Evangelho Segundo o Espiritismo, no capítulo III, e nos mostra o que Jesus quis dizer com a frase "há muitas moradas na casa de meu Pai ".
 
Neste ponto é necessário transcrever outro trecho da Gênese, do capítulo sobre os Sinais do Tempo:
 
"A Humanidade tem realizado, até ao presente, incontestáveis progressos. Os homens, com a sua inteligência, chegaram a resultados que jamais haviam alcançado, sob o ponto de vista das ciências, das artes e do bem-estar material. Resta-lhes ainda um imenso progresso a realizar: o de fazerem que entre si reinem a caridade, a fraternidade, a solidariedade, que lhes assegurem o bem-estar moral. Não poderiam consegui-lo nem com as suas crenças, nem com as suas instituições antiquadas, restos de outra idade, boas para certa época, suficientes para um estado transitório, mas que, havendo dado tudo o que comportavam, seriam hoje um entrave. Já não é somente de desenvolver a inteligência o de que os homens necessitam, mas de elevar o sentimento e, para isso, faz-se preciso destruir tudo o que superexcite neles o egoísmo e o orgulho.
 
Tal o período em que doravante vão entrar e que marcará uma das fases principais da vida da Humanidade. Essa fase, que neste momento se elabora, é o complemento indispensável do estado precedente, como a idade viril o é da juventude. Ela podia, pois, ser prevista e predita de antemão e é por isso que se diz que são chegados os tempos determinados por Deus.
 
Esses tempos, porém, não se trata de uma mudança parcial, de uma renovação limitada a certa região, ou a um povo, a uma raça. Trata-se de um movimento universal, a operar-se no sentido do progresso moral. Uma nova ordem de coisas tende a estabelecer-se, e os homens, que mais opostos lhe são, para ela trabalham a seu mau grado. A geração futura, desembaraçada das escórias do velho mundo e formada de elementos mais depurados, se achará possuída de idéias e de sentimentos muito diversos dos da geração presente, que se vai a passo de gigante. O velho mundo estará morto e apenas viverá na História, como o estão hoje os tempos da Idade Média, com seus costumes bárbaros e suas crenças supersticiosas.
 
Aliás, todos sabem quanto ainda deixa a desejar a atual ordem de coisas. Depois de se haver, de certo modo, considerado todo o bem-estar material, produto da inteligência, logra-se compreender que o complemento desse bem-estar somente pode achar-se no desenvolvimento moral. Quanto mais se avança, tanto mais se sente o que falta, sem que, entretanto, se possa ainda definir claramente o que seja: é isso efeito do trabalho íntimo que se opera em prol da regeneração. Surgem desejos, aspirações, que são como que o pressentimento de um estado melhor.
 
Mas, uma mudança tão radical como a que se está elaborando não pode realizar-se sem comoções. Há, inevitavelmente, luta de idéias. Desse conflito forçosamente se originarão passageiras perturbações, até que o terreno se ache aplanado e restabelecido o equilíbrio. É, pois, da luta das idéias que surgirão os graves acontecimentos preditos e não de cataclismos ou catástrofes puramente materiais. Os cataclismos gerais foram conseqüência do estado de formação da Terra. 


Hoje, não são mais as entranhas do planeta que se agitam: são as da Humanidade.
 
Sim, decerto, a Humanidade se transforma, como já se transformou noutras épocas, e cada transformação se assinala por uma crise que é, para o gênero humano, o que são, para os indivíduos, as crises de crescimento. Aquelas se tornam, muitas vezes, penosas, dolorosas, e arrebatam consigo as gerações e as instituições, mas, são sempre seguidas de uma fase de progresso material e moral. A Humanidade terrestre, tendo chegado a um desses períodos de crescimento, está em cheio, há quase um século, no trabalho da sua transformação, pelo que a vemos agitar-se de todos os lados, presa de uma espécie de febre e como que impelida por invisível força. Assim continuará, até que se haja outra vez estabilizado em novas bases. Quem a observar, então, achá-la-á muito mudada em seus costumes, em seu caráter, nas suas leis, em suas crenças, numa palavra: em todo o seu estado social.
 
Se, pelo encadeamento e a solidariedade das causas e dos efeitos, os períodos de renovação moral da Humanidade coincidem, como tudo leva a crer, com as revoluções físicas do globo, podem os referidos períodos ser acompanhados ou precedidos de fenômenos naturais, insólitos para os que com eles não se acham familiarizados, de meteoros que parecem estranhos, de recrudescência e intensificação desusadas dos flagelos destruidores, que não são nem causa, nem presságios sobrenaturais, mas uma conseqüência do movimento geral que se opera no mundo físico e no mundo moral. Anunciando a época de renovação que se havia de abrir para a Humanidade e determinar o fim do velho mundo, a Jesus, pois, foi lícito dizer que ela se assinalaria por fenômenos extraordinários, tremores de terra, flagelos diversos, sinais no céu, que mais não são do que meteoros, sem ab-rogação das leis naturais. O vulgo, porém, ignorante, viu nessas palavras a predição de fatos miraculosos."
 
Como vemos, está ocorrendo uma transformação do Planeta. Todos os sinais são relativos à transformação que se operará. Mas isso não significa que o Mundo terminará. Talvez "termine" para alguns, aqueles que não quiseram evoluir moralmente. Foram dadas todas as oportunidades a milhões de Espíritos endurecidos, que, entretanto, não souberam aproveitar essa última oportunidade de permanecer na Terra regenerada.
 
Portanto, não será o fim do Planeta. Será o fim desse mar de sofrimento, dramas, maldades sem limite, corrupção. 


Será o fim dos tempos para todos aqueles que ainda insistem em ignorar os avisos que os Espíritos Superiores estão enviando há muito tempo; esses Espíritos endurecidos, que se sentem felizes com a prática do mal, serão expurgados do Planeta Terra, no qual não poderão mais reencarnar, até que evoluam e se transformem em Espíritos bons. O destino deles será o degredo para Mundos Primitivos, no qual deverão reencarnar para ajudar a evolução dos Espíritos que neles habitam, assim como a Terra, um dia, recebeu os Exilados de Capela, citados no livro A Caminho da Luz, de Emmanuel, psicografado por Chico Xavier e no livro Exilados de Capela, de Edgard Armond.

Fontes das citações no texto: A Gênese e O Evangelho Segundo o Espiritismo, de Allan Kardec

Autora do texto: Anne Marie Lanatois

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