APONTAMENTOS CRISTÃOS

No término das nossas atividades na reunião da noite de 9 de fevereiro de 1956, recebemos a palavra do nosso abnegado instrutor André Luiz, que nos transmitiu estes preciosos "apontamentos cristãos".

Meus amigos:
Jesus conosco.
Em tarefa junto de nosso agrupamento, valemo-nos do ensejo para transmitir, à nossa casa alguns apontamentos cristãos:
1º) Não te encolerizes.
O punhal da nossa ira alcança-nos a própria saúde,impondo-nos o vírus da enfermidade.
2º) Não critiques.
A lâmina de nossa reprovação volta-se, invariavelmente, contra nós, expondo-nos as próprias deficiências.
3º) Não comentes o mal do próximo.
O lodo da maledicência derramar-se-á sobre os nossos passos, enodoando-nos o caminho.
4°) Não apedrejes.
Os calhaus da nossa violência de hoje tomarão amanhã, por alvo, a nossa própria cabeça.
5°) Não desesperes.
O raio de nossa inconformação aniquilará a sementeira de nossos melhores sonhos.  
6°) Não perturbes.
O ruído de nossa dissensão desorientar-nos-á o próprio raciocínio.
7°) Não escarneças.
O fel de nosso sarcasmo azedará o vinho da alegria no vaso de nosso coração, envenenando-nos a existência.
8°) Não escravizes.
As algemas do nosso egoísmo aprisionar-nos-ão no cárcere da loucura.        
9°) Não odeies.
A labareda de nosso ódio incendiar-nos-á o próprio destino.
10°) Não firas.
O golpe da nossa crueldade, brandido na direção, dos outros, retornará a nós mesmos, inevitavelmente, fazendo chagas de dor e aflição no corpo de nossa vida.

ESPÍRITO: André Luiz
LIVRO: Vozes do Grande Além
MÉDIUM: Chico Xavier

A Sinfonia do Bem

Pobre tripa de porco.

Desprezada.

Escarnecida.

Abandonada ao monturo.

Causava repugnância.

Mas veio um artífice amigo e tomou-a com bondade.

Lavou-a.

Preparou-a, carinhosamente, como quem desejava ajudá-la a esquecer o passado.

E, dentro em pouco, a detestada tripa de porco, plenamente irreconhecível, convertia-se em cordas de um violino encantado.

Disciplinada sobre o tampo, obedecia aos sentimentos do artista e produzia música sublime, exaltando a grandeza da vida e enternecendo multidões.

*

Não dissipe o tempo lamentando os erros passados.

É possível tenhamos cometido faltas graves.

É provável que estejamos incursos em débitos clamorosos.

Mas se nos entregarmos às mãos dos Mensageiros Divinos, aceitando, com paciência e humildade, as obrigações de nossa própria reforma íntima, em breve tempo, apesar de havermos sido criaturas extraviadas ou mesmo desprezíveis, podemos ser aproveitados na sinfonia do bem eterno.

Espírito: Valérium
Médium: Waldo Vieira
Livro: Bem Aventurados os Simples

Era Nova de Unificação e Decisão



Meus filhos, que o Senhor nos abençoe! Eia, avante! São as palavras que vêm repercutindo através dos séculos num convite vigoroso ao prosseguimento da luta redentora. Estes são dias semelhantes àqueles quando o Divino Pastor veio reunir as ovelhas tresmalhadas de Israel com os gentios, proclamando o momento de unificação de raças e de etnias, de crenças e de religiões, de situações socioeconômicas diferentes sob o seu sublime cajado. Também hoje, guardadas as proporções que nos identificam em relação às conquistas da Sociologia, da Ciência, no aspecto da investigação, da Tecnologia, das doutrinas psicológicas, é necessário que permaneçamos fiéis ao convite do Mestre, sem estacionar ou jamais retroceder. Momento pelo qual vínhamos esperando, agora surge como sol abençoado na noite para aquecer os corações enregelados no materialismo e conduzir os Espíritos combalidos na luta de alta significação e de graves perigos para a divulgação da Doutrina. Por isso, impõe-se-nos a todos a fidelidade aos postulados que constituem o edifício da Doutrina Espírita, fora dos quais poderemos ter uma bela filosofia de comportamento, uma ética-moral saudável e um campo experimental precioso, mas sem a presença de Jesus, que é o amor, que é a caridade e que é a esperança de libertação de todos nós. Porfiai na defesa dos nossos direitos de semeação do Evangelho, conforme a revelação dos imortais. Trabalhai ao lado dos gestores terrestres, contribuindo para o seu discernimento das verdades trans-cendentais, sem o medo da presunção que assalta alguns e do poder temerário de que se investem outros de natureza fanática na sua crença religiosa, negando às demais o mesmo direito de cidadania... 

A Identificação nas Comunicações Espíritas

* Trecho da Revista Espírita do ano de 1859 - mês de Setembro - "Processo para Afastar os Espíritos Maus".


1. Os Espíritos superiores, como já dissemos em várias ocasiões, têm uma linguagem sempre digna, nobre, elevada, sem qualquer mistura de trivialidade. Dizem tudo com simplicidade e modéstia, jamais se vangloriam e não fazem ostentação de seu saber nem de sua posição entre os demais. A dos Espíritos inferiores ou vulgares tem sempre algum reflexo das paixões humanas; toda expressão que denota baixeza, suficiência, arrogância, bazófia ou acrimônia é indício característico de inferioridade e de embuste, caso o Espírito se apresente com um nome respeitável e venerado.

2. Os Espíritos bons não dizem senão o que sabem; calam-se ou confessam a sua ignorância sobre aquilo que não sabem. Os maus falam de tudo com segurança, sem se incomodarem com a verdade. Toda heresia científica notória, todo princípio que choca a razão e o bom-senso denuncia fraude, desde que o Espírito se apresente como um ser esclarecido.

3. A linguagem dos Espíritos elevados é sempre idêntica, se não quanto à forma, pelo menos quanto ao fundo. Os pensamentos são os mesmos, quaisquer que sejam o tempo e o lugar. Podem ser mais ou menos desenvolvidos, conforme as circunstâncias, as necessidades e as facilidades de se comunicarem, mas não são contraditórios. Se duas comunicações, que trazem a mesma assinatura, encontram-se em oposição, uma delas será evidentemente apócrifa, e a verdadeira será aquela onde nada desminta o caráter conhecido do personagem. Quando uma comunicação apresenta o caráter de sublimidade e de elevação, sem nenhum defeito, é porque emana de um Espírito superior, seja qual for o seu nome; se encerrar uma mistura de bom e de mau, procede de um Espírito vulgar, caso se apresente como é; será de um Espírito impostor se ele se ornar de um nome que não pode justificar.

4. Os Espíritos bons jamais dão ordens; não impõem: aconselham e, se não são ouvidos, retiram-se. Os maus são imperiosos: ordenam e querem ser obedecidos. Todo Espírito que impõe trai a sua origem....

Lindos casos de Chico Xavier, volume II




Lindos Casos de Chico Xavier Contados por seus Amigos II, apresentado em embalagem especial, reúne 4 DVDs com mais de 8 horas de palestras nas quais formadores de opinião, que conviveram com o médium espírita por várias décadas, relatam histórias protagonizadas por esse homem extraordinário e como ele mudou as suas vidas para sempre. Esses vídeos inéditos foram gravados durante o III e IV Encontro Nacional dos Amigos de Chico Xavier e sua obra, realizados respectivamente em Uberaba (julho de 2010) e Belo Horizonte (setembro de 2011).
Todos juntos para falar de Chico. Depoimentos imperdíveis, que entrarão para a História do Espiritismo, de Richard Simonetti, Eurípedes Higino dos Reis, Nena Galves, Haroldo Dutra Dias, Sonia Barsante, Wagner Assis, Walter Barcelos, Carlos Baccelli, Geraldo Lemos Neto, Oceano Vieira de Melo, entre outros.

Mensagem que salva



Em setembro de 1995, um jornal publicou uma interessante história. 

Tratava-se de uma jovem que, sem objetivos na vida, começou a achar que tudo estava contra ela. Ficou deprimida e pensou em se suicidar. 

Tentou uma vez, em um hotel, mas a camareira entrou e chamou socorro a tempo. Ela foi salva. 

Quando saiu do hospital, continuou com o firme propósito de acabar com a vida. Começou a estocar remédios. Às vezes, começava a olhar para o teto, procurando um lugar para colocar uma corda e terminar com tudo. 

Era um tormento constante. A ideia não saía de sua cabeça. Dois meses depois, ela foi até um hotel levando trezentos comprimidos em sua bolsa. 

Felizmente, três amigas atentas, dessas criaturas atenciosas que Deus coloca na trajetória dos seres, para servirem de anjos de guarda, descobriram o seu plano. Com muito esforço, a levaram até o hospital, antes que ela fizesse uso dos comprimidos. 

Enquanto aguardava para ser atendida, na sala de espera do hospital, ela apalpava os comprimidos que trazia consigo, pensando em como faria para enganar as amigas e tomar a medicação. 

Enfim, como o atendimento demorou um pouco, ela pôs os olhos sobre uma mesinha e viu uma revista.

Zaqueu e o encontro com o Mestre


Na antiga Roma, eram chamados publicanos os cavalheiros arrendatários das taxas públicas, incumbidos da cobrança dos impostos e das rendas de toda espécie, quer em Roma mesma, quer nas outras partes do Império. 

Os riscos a que estavam sujeitos faziam que os olhos se fechassem para as riquezas que muitas vezes adquiriam e que, da parte de alguns, eram frutos de exações e de lucros escandalosos. 

O nome se estendeu mais tarde a todos os que supervisionavam os dinheiros públicos e aos agentes subalternos. Até hoje esse termo se emprega em sentido pejorativo, para designar os financistas e os agentes pouco escrupulosos de negócios, como por ex.: “Ávido como um publicano, rico como um publicano”. 

Zaqueu, embora fosse um judeu muito rico, era uma pessoa mal vista por ser um publicano, um cobrador de impostos e, ainda por cima, para os opressores: os romanos. 

Mas Zaqueu estava preocupado com a vida que levava, que sabia ser contrária à lei de Deus e às leis de Moisés, e já estava propício a fazer sua reforma interior. Essa era a razão de sua tentativa desesperada de falar a Jesus, subindo a uma árvore para ser visto pelo Mestre.

Zaqueu demonstrou ter entendido a mensagem de Jesus, no momento em que se dispôs a distribuir metade de sua riqueza aos pobres e de restituir o quádruplo às pessoas que havia espoliado, ou seja, explorado. 

Logo, quando Jesus profere a frase: Zaqueu, a salvação hoje entrou em tua casa, precisamos entender o significado da palavra salvação no contexto que, no caso, é sinônimo de transformação interior, que só pode ser resultado do esforço de cada um. 

Jesus, ao informar que se hospedaria na casa de Zaqueu naquele dia, demonstrou também não ter preconceito, confirmando que tinha vindo para os pequeninos, aqueles que estavam dispostos a ouvir a sua mensagem, fossem eles quem fossem, ainda que publicanos.

Anne Marie Lanatois

No Curso Médico

* Trecho do livro "Relembrando o Passado", de Edgard Armond.


Na atmosfera azulada da esfera espiritual sobreposta à grande cidade, ergue-se a "Casa de Bezerra" ostentando sua majestosa frente ornada de altas colunas.

Em um dos setores funciona um curso de formação de médicos, destinados a trabalhos espirituais. Jovens de aventais brancos imaculados, atentos ao instrutor que, assim, visto a distância, parece com o venerável diretor espiritual Bezerra, com feições mais moças. 

Sobre um suporte, vê-se uma estátua translúcida, representando o corpo humano, mostrando os órgãos internos em perfeita transparência. Lembramo-nos de André Luiz que, em uma de suas obras, descreveu coisa semelhante; além da parte anatômica, funciona como um organismo vivo e mostra as atividades fisiológicas em pleno curso. Vê-se como o coração pulsa, recebendo e expelindo sangue; o estômago, contraindo-se e distendendo-se, para saturar de seus sucos os alimentos; o cérebro, fulgurando e, como uma estação eletrônica que é, recebendo e emitindo impulsos provenientes do corpo físico e de fora dele, e os centros de força do perispírito brilhando, alguns, como sóis...

Lidando com a mágoa e o ressentimento



Como lidar com esses sentimentos que nos fazem perder a tranqüilidade, com a lembrança de acontecimentos que nos causaram dor e que, muitas vezes, nos separaram de parentes e amigos?

Por vezes, embora perdoemos as pessoas que nos causaram mal, torna-se impossível a convivência. E várias são as razões. 

Voltar a conviver com pessoas que nos magoaram tão profundamente nem sempre é recomendável ou possível, por sabermos que nos colocaríamos novamente dentro de um círculo vicioso. E que esse círculo vicioso nos levaria a cometer atos que hoje repudiamos e a nos envolver em discussões inúteis. 

Desse modo, o primeiro passo e a melhor forma de lidar com a mágoa e o ressentimento que ainda existe em nosso coração é PERDOAR. Quando nos lembrarmos das pessoas e das coisas que nos fizeram sofrer, PERDOAR essas pessoas. 

O segundo passo é PERGUNTAR onde está a causa da nossa aflição. Porque o mal que nos fizeram e a mágoa dele resultante é uma forma de aflição. Se não encontrarmos a causa da nossa aflição em nossa atual encarnação, ela só poderá estar em uma vida anterior. Quando passamos a entender que a causa das nossas aflições pode ser o resultado de algo que fizemos nesta vida ou em vidas passadas, tudo fica muito mais fácil.

E aí vem o terceiro passo: PERDOAR a nós mesmos, pelo mal que devemos ter feito a quem nos magoou “pois não sabíamos o que fazíamos” e pedir a Deus que abra os olhos dessas pessoas para a VERDADE, como Ele fez conosco, ao mostrar que Jesus é o modelo que devemos procurar imitar; modelo de humildade, caridade e perfeição, pois só Ele é o CAMINHO, A VERDADE E A VIDA. 

Devemos fazer como Emmanuel nos esclarece: ter otimismo, afastar as lembranças que nos fazem sofrer e seguir em frente. 

Porque um dia tudo se resolverá, com a Graça de Deus e o amparo do Mestre..

Anne Marie Lanatois