Aprendendo com as diferenças



Pensamos ser diferentes uns dos outros.

Somos muito bairristas, e achamos que nosso País é o melhor do Mundo; que nossa cidade é a melhor do Mundo; nosso time de futebol é o melhor do Mundo; nosso Planeta é o único habitado do Universo!

Olhamos só para o nosso umbigo e esquecemos que as diferenças entre os homens são apenas aparentes: diferenças de raça, sexo, cultura, costumes, língua, música, comida, etc...

Uma imensidão de diferenças!

Pensamos ser diferentes apenas porque uns são brancos e outros negros; porque uns são amarelos e outros vermelhos, em se tratando de raças.

E em matéria de religião, se sou espírita, outro é católico, luterano, batista, evangélico; um é judeu, outro é muçulmano; um é hinduista, outro é budista; e não podemos nos esquecer dos ateus, graças a Deus!

Se hoje sou espírita, e se não nasci em família espírita, é bem provável que, antes, eu tenha praticado outra religião e que talvez meus parentes hoje me considerem um ET, quando, na verdade, as religiões nada mais são do que formas diferentes de adorar a Deus.

É verdade que alguns o adoram com fanatismo e nem saibam porque e até pensem que religião é entrar num avião e derrubar um prédio, matar milhares de pessoas, para com isso ganhar um passaporte para o paraíso.


No entanto, é possível que tenhamos sido exatamente iguais a essas pessoas em vidas passadas.

É possível que tenhamos empunhado uma bandeira com a cruz nela estampada e tentado obrigar povos inteiros a adotar o Cristianismo como religião.

No entanto, Jesus não nos obrigou a nada e, se analisarmos bem a sua doutrina, Ele nem mesmo criou uma religião.

Ele apenas pediu que nos amássemos uns aos outros.

São os homens que tem necessidade de colocar rótulos nas coisas e nas pessoas e fomos nós, homens, quem criamos uma religião com o nome de cristianismo, da qual se originaram todas as religiões denominadas cristãs que por aí estão.

Não nos enganemos: conviver com os que pensam de forma diferente é virtude que Jesus chamava de TOLERÂNCIA.

Jesus sentia isso na própria pele, quando entrava na casa de algum gentio ou quando conversava com uma prostituta ou com um publicano.

Basta nos lembrarmos do Centurião de Cafarnaum, autor da frase que chegou até nós:

“Senhor, não sou digno de que entreis em minha casa, mas dizei uma só palavra e meu servo será salvo.”

E da passagem sobre Zaqueu, o publicano, odiado pelos próprios irmãos de raça por cobrar impostos para os opressores...

Também não podemos nos esquecer da maior lição de tolerância que nos foi dada pelo Mestre, ao convocar para ser seu apóstolo aquele que foi um dos maiores perseguidores de cristãos: Saulo de Tarso.

Somos muito bairristas, quando deveríamos ser universalistas; pensamos pequeno, quando deveríamos pensar grande.

É preciso conviver com aqueles que pensam de modo diferente e lembrar que não há diferenças, mas apenas formas diferentes de sentir a mesma coisa.

Para comprovar isso, basta observar um rico e um pobre diante da morte de um ente querido: ambos sofrerão da mesma forma, sentirão a mesma dor pungente e derrubarão as mesmas lágrimas, independentemente de sua conta bancária, da instrução que possuírem, da mansão ou do casebre em que viverem, pois na alegria ou na tristeza, somos todos exatamente iguais.

Nesses momentos, todas as diferenças entre nós desaparecem, pois todos somos filhos do mesmo Pai, que, há milhões de anos, nos criou iguais, simples e ignorantes e destinados à perfeição, ocasião em que todas as diferenças desaparecerão por completo! 

E nesse dia, finalmente, seremos apenas irmãos!

Anne Marie Lanatois

2 comentários:

Anônimo disse...

Olá, Anne Marie

Foi você quem criou a comunidade da família Lanatois no Orkut, em 2008? Meu bisavô era o René Lanatois...

Caso seja você, meu e-mail é: carolhug81@gmail.com

smmz disse...

Fui eu sim. Eu já respondi para o seu e-mail. Vc recebeu? Entre em contato, pra conversarmos. Abçs