Supercultura



“..Graças te rendo, ó Pai, Senhor dos Céus e da Terra, por haveres ocultado estas coisas aos doutos e aos prudentes e por as teres revelado aos simples e pequeninos!” (Mateus, 11: 25)

“Homens, por que vos queixais das calamidades que vós mesmos amontoastes sobre as vossas cabeças? Desprezastes a santa e divina moral do Cristo; não vos espanteis, pois, de que a taça da iniqüidade haja transbordado de todos os lados.” (ESE, Cap. VII, item 12)

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Alfabetizar e instruir sempre. 

Sem escola, a Humanidade se embaraçaria na selva; no entanto, é imperioso lembrar que as maiores calamidades da guerra procedem dos louros da inteligência sem educação espiritual. 

A intelectualidade requintada entretece lauréis à civilização, mas, por si só, não conseguiu, até hoje, frear o poder das trevas. 

A supercultura monumentalizou cidades imponentes e estabeleceu os engenhos que as arrasam. 


Levantou embarcações que se alteiam como sendo palácios flutuantes e criou o torpedo que as põe a pique. 

Estruturou asas metálicas poderosas que, em tempo breve, transportam o homem através de todos os continentes e aprumou o bombardeiro que lhe destrói a casa. 

Articulou máquinas que patrocinam o bem-estar no reduto doméstico e não impede a obsessão que, comumente, decorre do ócio demasiado. 

Organizou hospitais eficientes e, de quando a quando, lhes superlota as mínimas dependências com os mutilados e feridos, enfileirados por ela própria, nas lutas de extermínio. 

Alçou a cirurgia às inesperadas culminâncias e aprimorou as técnicas do aborto. 

E, ainda agora, realiza incursões a pleno espaço, nos alvores da Astronáutica e examina do alto os processos mais seguros de efetuar aniquilamentos em massa pelo foguete balístico. 

Iluminemos o raciocínio sem descurar o sentimento. 

Burilemos o sentimento sem desprezar o raciocínio. 

O Espiritismo, restaurando o Cristianismo, é universidade da alma. Nesse sentido, vale recordar que Jesus, o Mestre por excelência, nos ensinou, acima de tudo, a viver construindo para o bem e para a verdade, como a dizer-nos que a chama da cabeça não derrama a luz da felicidade sem o óleo do coração.

Fonte: Livro da Esperança, Emmanuel, psicografia de Chico Xavier, 15a edição, CEC, Uberaba, MG, 1998.

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