MISSÃO DO ESPIRITISMO



A missão do Espiritismo, tanto quanto o ministério do Cristianismo, não será destruir as escolas de fé, até agora existentes. (...)"

"A Doutrina dos Espíritos apoia os princípios superiores de todos os sistemas religiosos. (...)"

"O Espiritismo é, acima de tudo, o processo libertador das consciências, a fim de que a visão do homem alcance horizontes mais altos." (...)

"O Espiritismo será, pois, indiscutivelmente, a força do Cristianismo em ação para reerguer a alma humana e sublimar a vida."(...)

"Interfiramos menos na regeneração dos outros e cogitemos mais de nosso próprio reajuste, perante a Lei do Bem Eterno (...)" ("Roteiro", pp. 159, 161, ed. FEB)

Considerado o respeito que se impõe às opções religiosas alheias, Emmanuel destaca a função do Espiritismo, que "(...) é, acima de tudo, o processo libertador das consciências (...)".

E, enfatizando-lhe o papel de reformador do mundo íntimo ("interfiramos menos na regeneração dos outros e cogitemos mais de nosso próprio reajuste (...)"), lembra ter o Espiritismo uma grande finalidade: fazer com que "(...) a visão do homem alcance horizontes mais altos".

Para isso, não é necessário destruir "(...) as escolas de fé, até agora existentes", que são importantes para os que nelas se acham integrados, porquanto se identificam, pessoalmente, com suas propostas e seu colorido, mesmo porque os princípios superiores que eventualmente consagrem devem ser reforçados.

Haveria, então, alguma diferença entre o Espiritismo e tais "escolas de fé"?...



A resposta é positiva, na medida em que, como já vimos, o Espiritismo, com sua individualidade, de complexidade ontológica, postula uma epistemologia própria, com as implicações decorrentes da chamada "fé raciocinada". É uma intersecção entre conjuntos dotados de expressões anímicas aparentemente díspares, tais como a referência à Moral Cósmica e à investigação científica do Espírito.

No plano moral e ético, o pensamento de Emmanuel fica sumariado nesta proposição do texto: "O Espiritismo será, pois, indiscutivelmente, a força do Cristianismo em ação para reerguer a alma humana e sublimar a vida".

Ora, também como ciência do Espírito, engendra uma doutrina filosófico-moral que nos fala, diretamente, da preexistência e sobrevivência da individualidade espiritual aos processos físicos de nascimento e de morte, da sua comunicabilidade com nossa esfera de vida e da reencarnação (que dá sentido prático à imortalidade).

Assim, bem entendido, o Espiritismo não é mais uma "escola de fé", apresentando-se, sim, como um resumo ocidentalizado de uma grande gnose que leva em consideração o chamado "homem integral", alguns de cujos princípios reitores encontram-se também no Evangelho, com seu texto dirigido à quintessência humana, divina em si mesma e atualizando-se no curso evolutivo, que parte do espírito e a ele retorna, aperfeiçoada.

Essa, a verdade que nos é apresentada, sem nenhum circunlóquio.

É preciso, sem sombra de dúvida, respeitar os princípios superiores das escolas de fé existentes; mas, não nos esqueçamos de respeitar, acima de tudo, "o processo libertador das consciências", que é o Espiritismo.

Fonte: Relendo Emmanuel (Enunciados de Moral Cósmica)

Nenhum comentário: