Passaram-se quarenta e um anos...
E lá está ela lembrando daquela época...
No dia anterior ela embarcara em Paris, rumo a Amsterdam.
Aquela viagem não estava em seu roteiro; a decisão, tomada dias antes, fora esticar o tour por mais uma semana, aproveitando para conhecer outras seis cidades européias, não incluídas no pacote.
Naquela noite, sem saber como ou porquê, ela estava desembarcando naquela fria cidade do Norte da Europa.
Ela pensava no rumo que aquela viagem havia tomado e se perguntava que mistérios poderia haver por trás de coisas que não programamos...
Não sabemos; e não sabemos porque, ao encarnar, esquecemos tudo: todas as nossas vidas anteriores, as pessoas que amamos e as que odiamos.
De repente, pensando que certos acontecimentos são obras do acaso ou do destino, lá estava ela entrando pela porta de um bar para se aquecer com uma xícara de café.
Aquela era uma cidade realmente gelada!
E, exatamente nesse dia, ela iria bater de frente com o seu destino, sentado naquele mesmo bar, saboreando uma xícara de café bem quentinha.
A sintonia entre eles foi imediata; começaram a conversar; ele puxou assunto, ao ver o destino do cartão postal que ela escrevia.
A conversa se estendeu e prosseguiu fora do bar até a noite; e continuou no dia seguinte...
Tinham muito a conversar, como se já se conhecessem há muito tempo e estivessem colocando os assuntos em dia.
Ela, presa ao seu roteiro de viagem, despediu-se dele no dia seguinte, rumo à próxima cidade européia do seu roteiro.
As longas conversas transferiram-se para o papel, levadas pelo correio.
E desse encontro, certamente programado no Mundo Espiritual, resultaram três lindos filhos e três lindos netos.
Hoje ela sabe que nada é obra do acaso e que o destino, na verdade, é a palavra que usamos para designar a programação feita por nós e pelos Benfeitores Espirituais, com os quais programamos nossa atual encarnação.
Cada um que cruza o nosso caminho, seja qual for o papel que ele desempenhará nas nossas vidas, nunca estará lá por acaso e muito menos será obra do destino.
Ontem fomos filhos, sobrinhos, netos; hoje somos pais, tios, avós, bisavós...
Amanhã, não sabemos...
Com certeza nossas vidas estão entrelaçadas umas às outras e esse entrelaçamento é proposital, para que todos nós possamos aprender na escola da vida e corrigir nossos erros do passado, mudando nosso futuro para sempre.
E esse futuro só poderá ser glorioso, porque somos Espíritos destinados à perfeição.
Anne Marie Lanatois
Nenhum comentário:
Postar um comentário