Sesquicentenário do Livro dos Médiuns




A comunicação entre os homens e os Espíritos sempre existiu. As primeiras manifestações, que geraram o Totemismo, conforme relatam os cientistas, foram provocadas pelo convívio entre os homens primitivos e os Espíritos dos seus antepassados.

Todos os avanços na evolução da Humanidade, nas áreas da Ciência, da Filosofia e da Religião, tiveram a contribuição da comunicação com os Espíritos, fosse de forma sutil como a inspiração, ou ostensiva como a psicografia de um livro ou a materialização. As Tábuas da Lei (Os Dez Mandamentos recebidos por Moisés) representam um dos primeiros documentos mediúnicos que a História registra.

Mas foi somente na metade do século XIX que o primeiro estudo sério sobre a mediunidade (como se intitula a comunicação com os Espíritos) foi realizado. Em maio de 1855, Allan Kardec assistiu a uma reunião em casa da Sra. Plainemaison e fez o seguinte relato:

"Foi aí que, pela primeira vez, presenciei o fenômeno das mesas que giravam, saltavam e corriam, em condições tais que não deixavam lugar para qualquer dúvida. Assisti então a alguns ensaios, muito imperfeitos, de escrita mediúnica numa ardósia, com o auxílio de uma cesta. Minhas ideias estavam longe de precisar-se, mas havia ali um fato que necessariamente decorria de uma causa. Eu entrevia, naquelas aparentes futilidades, no passatempo que faziam daqueles fenômenos, qualquer coisa de sério, como que a revelação de uma nova lei, que tomei a mim estudar a fundo."

Com base nessa decisão foi que Allan Kardec aprofundou os seus estudos em torno do fenômeno mediúnico e, com a participação dos Espíritos superiores, realizou o trabalho que deu origem à Doutrina Espírita, cujos princípios estão contidos nas obras da Codificação Espírita.


Neste mês de janeiro de 2011, completam-se 150 anos da primeira edição de O Livro dos Médiuns (segundo livro da Codificação), que revela e esclarece, à luz da razão, as leis que regem a comunicação com os Espíritos. O seu estudo descortina, para o homem, o mundo espiritual, para onde nos dirigimos, e mostra que a prática da mediunidade unida ao Evangelho de Jesus é o melhor caminho que nos cabe trilhar para chegar a seus páramos de luz e paz.

Fonte: Editorial da revista Reformador, FEB. Ano 129, número 2.182, de janeiro de 2011.

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